
A Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) reuniu a 13 de agosto com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, contando com a presença do seu Diretor Executivo, Professor Doutor Álvaro Almeida, e da Dra. Ana Correia de Oliveira, membro do Conselho de Gestão.
A revisão da tabela convencionada de análises clínicas foi um dos temas prioritários, assumindo-se esta como premissa para a sustentabilidade do setor, para a valorização das qualificações e diferenciação profissional, evidenciando-se ainda a urgente necessidade de atualização técnica e uniformização da nomenclatura.
Também como tema prioritário foi abordada a internalização de serviços de análises clínicas em hospitais, reconhecendo que tal não só resulta na redução da cobertura da rede de diagnóstico de proximidade existente como desafia a liberdade de escolha dos utentes e limita o acesso à saúde.
Foram ainda endereçadas propostas no âmbito da garantia da transparência, controlo de custos e concorrência, dos critérios de licenciamento, da inserção e ampliação de programas de rastreio e diagnóstico precoce e ainda da transformação digital.
Os laboratórios de análises clínicas de proximidade – na sua maioria pequenas e médias empresas – surgiram em resultado do desafio lançado aos médicos e farmacêuticos especialistas aquando da constituição da rede de Centros de Saúde, de forma particular com a fundação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para apoio dos médicos e utentes em matéria de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) – análises clínicas. Colaborando com o SNS através da modalidade de contratos convenção os laboratórios de proximidade são o garante da coesão territorial no acesso à saúde e da proteção do direito à liberdade de escolha consagrado na Lei de Bases da Saúde.
A APAC defende o modelo convencionado e de fixação administrativa de preços pela tutela, por este garantir qualidade, igualdade de acesso, concorrência e controlo de custos. Contudo a tabela em vigor não é atualizada há 15 anos, o que ponderando ainda a inflação (variação do índice de preços no consumidor nos últimos 20 anos de cerca de 40%), o contínuo aumento de despesa global para os laboratórios de proximidade seja com equipamentos, reagentes, instalações e outros, tem resultado no estrangulamento do setor levando ao surgimento de desertos de diagnóstico e um retrocesso no acesso à saúde.
Conhecendo com profundidade os desafios do setor a APAC continuará a fazer parte da solução, apresentando propostas e advogando pelo acesso à saúde em proximidade e com qualidade!
Partilha esta notícia
Outras Notícias

APAC presente no II Encontro de Saúde Pública do INSA Porto
APAC presente no II Encontro de Saúde Pública do INSA Porto A Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) esteve presente no II Encontro de Saúde

APAC reúne com Secretário de Estado da Gestão da Saúde
APAC reúne com Secretário de Estado da Gestão da Saúde A Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC) reuniu no dia 10 de setembro com o